Departamento de Meio Ambiente esclarece cortes de árvores em Conselheiro Lafaiete

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Tendo em vista alguns questionamentos com relação ao corte de árvores na praça São Sebastião que está sendo reformada pela administração municipal, o engenheiro agrônomo, Paulo José de Moraes responsável pelo trabalho paisagismo no local deu o seu parecer técnico sobre o assunto.

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Segundo o engenheiro, as árvores cortadas tratam-se da espécie fícus benjamima, nativa da Índia, Himalaias, Malásia  e norte da Austrália. Trata-se de uma planta tóxica e de porte arbóreo de grandes proporções que através do desenvolvimento do seu sistema radicular promove a destruição de todo calçamento no entorno, como também, o comprometimento da rede hidráulica e pluvial da praça.

Sendo assim tal espécie não é indicada para a arborização de ruas e praças públicas, mas somente para o plantio em parques públicos. Ainda de acordo com Paulo José, todas as espécies que estão sendo retiradas serão substituídas por outras mais adequadas à situação com ênfase às espécies nativas.

O engenheiro alerta ainda que o árvore da espécie fícus benjamina, não deve ser cultivado em calçadas, próximo a construções ou tubulações enterradas, pois ela possui raízes agressivas. Sua seiva é tóxica e deve ser podada com as mãos enluvadas. Em muitas cidades do Brasil, o seu plantio é proibido e por isso antes de plantar deve ser verificado o plano de arborização do seu município. “Temos que começar  à fazer o que é correto, embasado em orientação técnica adequada, procurando construir uma cidade melhor para as futuras gerações. Para isso, conto com a colaboração e a compreensão de toda comunidade”, observou Paulo José de Moraes. 

Segundo o diretor do departamento Municipal de Meio Ambiente, Marco Antônio da Silva, o mesmo critério de avaliação das árvores foi adotado nas praças do Cristo e da Bandeira que também tiveram algumas espécies cortadas e que serão substituídas. Segundo o diretor, o engenheiro agrônomo Paulo José de Moraes também fará tal avaliação das espécies plantadas em outras praças e jardins públicos da cidade.

Paulo José Moraes é professor, engenheiro agrônomo e doutor em fitotecnia pela Universidade Federal de Viçosa. O professor foi responsável pela coordenação das obras de restauração e revitalização paisagística da praça Barão de Queluz,  em 2011.

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