Diretor apresenta dados dos atendimentos na Policlínica Municipal

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Charles_MigliavaccaÀ frente da direção da policlínica municipal desde o dia 28 de maio, o fisioterapeuta Charles Migliavacca vem realizando um estudo sobre a classificação dos tipos de atendimentos realizados naquela unidade de saúde. Por meio do Protocolo de Manchester que se refere à classificação de risco do paciente foi possível detectar que mais de 60% dos casos atendidos não se configuram em urgência e emergência. Só no mês de julho de 5.527 atendimentos, somente 1.283 foram casos considerados como urgência e emergência. Além disso, a Policlínica recebe ainda grande número de pacientes de outros municípios. O balanço do mês de julho mostra 328 atendimentos de pacientes oriundos de outros municípios; sendo que destes nenhum classificado como urgência ou emergência.

Com este resultado é possível analisar que a maioria dos casos poderia ser resolvida na atenção básica, ou seja, nas unidades de PSF e centros regionais de saúde. No entanto, há uma sobrecarga na policlínica, pois a prioridade é o atendimento às urgências e emergências, o que contribui para o aumento do tempo de espera. O direto explica que muitas vezes, para quem está esperando, a impressão é que a policlínica está sem médico, mas na verdade os plantonistas, na maioria das vezes, estão envolvidos com os casos graves que aparecem na unidade. “Quando acontece alguma emergência a equipe médica tem que se mobilizar na emergência aí acumula lá fora”, destacou Charles.


Com o objetivo de agilizar o atendimento Charles informou que já está sendo viabilizada uma interlocução entre a atenção básica e atenção especializada no sentido de criar uma rede de assistência capaz de suprir todas as necessidades do usuário do sistema público de saúde com a oferta destes serviços mais perto de casa e com maior resolutividade.  Neste fluxo espera-se a inclusão de todas as unidades que contribuem para o funcionamento do sistema de saúde como os postos de saúde, hospitais, SAMU, Bombeiros, entre outros.


Charles enfatiza que além de melhorar o fluxo de atendimento a administração está se empenhando para ampliar e aperfeiçoar a estrutura, pois o espaço já não comporta a grande demanda de Lafaiete e das 18 cidades vizinhas que buscam atendimentos aqui. Apesar das dificuldades encontradas ele destaca a dedicação e o empenho da equipe de profissionais que atua na Policlínica. “Quando você escuta falar que lá tem pessoas que não trabalham eu gostaria que fosse lá dentro assistir a equipe desta policlínica trabalhando, tem deficiências, mas tem pessoas dedicadas que dão o sangue para trabalhar lá dentro e salvar vidas. Não é fácil brigar contra a morte”, comenta.

Ainda de acordo com Charles Migliavacca atualmente a resolutividade de encaminhamentos chega a cerca de 80% do que é possível fazer, mas com a melhoria da estrutura, valorização dos profissionais e servidores, oferta de material necessário, será possível chegar aos 100%. Ele destaca que a gestão não tem medido esforços para alcançar este resultado e melhorar o setor de saúde de forma geral, mas lembra de que as dificuldades são imensas, por isso demandarão algum tempo para serem solucionadas.

Segundo o diretor, mensalmente será apresentado um relatório dos atendimentos na policlínica, que será encaminhado à imprensa, Ministério Público e Câmara Municipal.

 

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