NOTA TÉCNICA SOBRE A RAIVA: MEDIDAS DE PREVENÇÃO

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A Secretaria Municipal de Saúde, por meio do Centro de Controle de Zoonoses, informa a toda população de Conselheiro Lafaiete medidas de prevenção contra a raiva.

A raiva é uma doença de importância para saúde pública, para a qual existem medidas eficientes de prevenção, sendo a vacinação a principal delas, por se tratar de uma zoonose (doença comum aos seres humanos e animais) a imunização é de extrema importância.

A transmissão da raiva ocorre quando o vírus existente na saliva do animal infectado penetra outro organismo através de mucosas ou lesões da pele, a exemplo de mordeduras, arranhaduras ou lambeduras. A raiva apresenta vários ciclos de transmissão:

  • Urbano: representado principalmente por cães e gatos contaminados;
  • Rural: representado por animais de produção, como bovinos, equinos, suínos, caprinos contaminados;
  • Silvestre: representado por raposas, guaxinins, primatas e, principalmente, morcegos contaminados em seu ciclo aéreo.

A vacina para cães e gatos é administrada pelo Município anualmente, sendo de responsabilidade do tutor a imunização de seu animal.

Equinos, bovinos, caprinos e ovinos o proprietário deve proceder com a vacinação anualmente.

Importante ressaltar que os morcegos são animais silvestres protegidos pelas leis federais de proteção ao meio ambiente (5.197/67 e 9.605/98), sendo que a caça, apanha e morte dos mesmos é considerado crime ambiental.

Em caso de mordeduras, lambeduras e/ou arranhaduras por animais:

  • Lavar o local da ferida com água e sabão imediatamente;
  • Procurar o serviço médico para orientações;
  • Se o animal for cão ou gato deverá ser mantido sob observação pelo prazo de 10 dias;
  • Em caso de animais de rua informar ao Centro de Controle de Zoonoses.

A Secretaria Municipal de Saúde informa ainda que ao final do ano de 2022 um bovino foi testado positivo para raiva no município, em região periurbana. Isso reforça a necessidade de vacinação desses animais pelos produtores e a importância do manejo de forma correta e segura, tanto pelos proprietários, colaboradores e prestadores de serviço (Médicos Veterinários, Zootecnistas e dentre outros). Todas as medidas protocolares foram e ainda estão sendo devidamente adotadas pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) e pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA). Desde a data em questão, estão sendo realizadas ações para o monitoramento e a busca por colônias de morcegos hematófagos na região, bem como, monitorando a região e demais rebanhos da região, além de visita aos munícipes daquela região, em caráter orientativo pelos órgãos responsáveis IMA e CCZ.

Reforçamos ainda aos colegas Médicos Veterinários a importância de manter sua vacinação e sorologia em dia.

Separamos algumas das principais dúvidas com relação a raiva:

 Todo morcego transmite a raiva?

Não, nem todos representam risco direto as pessoas. Dentre as mais de 180 espécies existentes, existem duas classificações importantes, os hematófagos e não hematófagos. Hematófagos são aqueles que se alimentam de sangue, sendo esses os de maior importância na transmissão da raiva.

Como é a transmissão da raiva?

A transmissão da raiva ocorre quando o vírus existente na saliva do animal infectado penetra outro organismo através de mucosas ou lesões da pele, a exemplo de mordeduras, arranhaduras ou lambeduras. Por isso, os morcegos que não são hematófagos (que não se alimentam de sangue) não representam risco direto as pessoas, sendo estes os mais comuns no meio urbano.

A espécie que estava na escola Alfredo Laporte II representa risco direto?

Não, a espécie em questão se alimenta de insetos e frutas.

Se eu achar um morcego caído ao chão, o que eu faço?

Deve se colocar uma caixa por cima do animal e acionar o Centro de Controle de Zoonoses para a adoção das medidas protocolares. Jamais tentar manusear o animal.

Minha casa está infestada de morcegos, o que eu faço?

Jamais tentar matar esses animais, isso é crime ambiental e pode gerar prisão. Esses animais gostam de ambientes escuros, geralmente sótãos, o ideal é isolar a entrada destes locais com telas extra finas, lembrando que têm espécies que entram em buracos da espessura de uma caneta. Existem empresas especializadas em adotar medidas para espantar esses animais, sem agredi-los ou atentar contra a vida dos mesmos – de forma técnica e segura. Para outras orientações, pode procurar o CCZ para que suas dúvidas sejam respondidas.

Quando eu devo tomar a “vacina da raiva”?

Quando você for exposto a alguma agressão (Mordedura, arranhadura…) de algum animal sem histórico vacinal que pode transmitir a raiva. Sendo mais comum cães e gatos. Esses animais devem ficar sob observação, jamais ser abandonados. Deve-se lavar o local da ferida com água e sabão neutro e procurar imediatamente a unidade de saúde para o protocolo vacinal.

A PRINCIPAL MEDIDA DE PREVENÇÃO É BUSCAR NÃO TER CONTATO COM O MORCEGO!