A Secretaria Municipal da Saúde de Conselheiro Lafaiete realizou na sexta-feira 25/10 um evento em alusão à Campanha contra o câncer de mama dentro das comemorações do Outubro Rosa. O encontro, idealizado pela enfermeira Ana Gregório, foi destinado às servidoras e servidores da secretaria que na oportunidade receberam orientações sobre a doença, seus sintomas e formas de prevenção.
O Secretário de Saúde, Wagner Costa abriu o encontro afirmando ser aquele um momento muito especial. O secretário destacou a importância da campanha. “A situação é preocupante. Este é o trabalho onde temos que dar tudo de nós contra esse mal que na verdade ceifa muitas vidas em nossa sociedade. Esse momento é um privilegio para a Secretaria de Saúde”, enfatizou. Costa destacou a capacidade das mulheres e da importância de sua participação no mercado de trabalho e contribuição para o país. “As mulheres cuidam da família dos filhos e trabalham de forma muitas vezes mais profissional que os homens. Temos que admitir uma sociedade mais igualitária” disse, se referindo às diferenças salariais ainda existentes em alguns locais de trabalho entre homens e mulheres e a relevância da mulher em se cuidar.
Gilmara Coutinho Pereira Duarte, Assistente Social, explicou como surgiu o movimento popular internacionalmente conhecido como Outubro Rosa. Ela contou que Susan, uma moça de 36 anos, teve câncer e não conseguiu sobreviver e por isso a irmã de Susan resolveu iniciar uma luta contra a doença e criou a Fundação Susan G. Komen e foi através desta fundação que iniciou o Outubro Rosa. O laço foi lançado como símbolo na primeira corrida pela cura realizada em Nova York, em 1990. A cor foi escolhida porque era a preferida de Susan. Ela destacou que já foram diagnosticados muitos casos no Brasil por isso o Ministério da Saúde realiza as campanhas e tem liberado exames de mamografia para promover a prevenção. O câncer de mama está em quinto lugar em causa de morte de mulheres no Brasil que registra cerca de 52 mil casos novos por ano.
Um dos momentos marcantes do encontro foi a leitura de uma carta enviada à Secretaria de Saúde por uma paciente que está em tratamento, lutando contra o câncer de mama. A carta relata um testemunho emocionante. Em seguida, Norma, paciente que venceu a doença deu seu testemunho de luta e vitória contra a doença. Ela demonstrou uma grande força e alegria de viver e destacou que a vida continua normal depois de tudo que passou e agradeceu a todos da Secretaria de Saúde pelo apoio recebido durante o tratamento.
As orientações sobre a doença, seus sintomas, formas de prevenção e tratamento foram passadas aos presentes pela enfermeira Rita de Kássia da Silva Melo, Coordenadora de Atenção Básica. Ela falou a todos sobre a campanha que aconteceu nas unidades do Programa de Saúde da Família. Em seguida fez uma apresentação didática sobre a doença.
Após as apresentações um momento de descontração com a participação do odontólogo Cláudio Bifano que fez a apresentação das músicas “Maria, Maria” de Milton Nascimento e “É Preciso Saber Viver” dos Titãs.
“Vocês mulheres merecem todo nosso carinho, todo nosso respeito e nesse Outubro Rosa a gente tem que homenageá-las. Que a gente possa dar as mãos a vocês e contribuir com o que for necessário para que a gente saia vitorioso nesta batalha”, concluiu o Secretário da Saúde.
Sobre o Câncer de Mama
Segundo tipo mais frequente no mundo, o câncer de mama é o mais comum entre as mulheres, respondendo por 22% dos casos novos a cada ano. Se diagnosticado e tratado oportunamente, o prognóstico é relativamente bom. No Brasil, as taxas de mortalidade por câncer de mama continuam elevadas, muito provavelmente porque a doença ainda é diagnosticada em estádios avançados.
Relativamente raro antes dos 35 anos, acima desta faixa etária sua incidência cresce rápida e progressivamente. Estatísticas indicam aumento de sua incidência tanto nos países desenvolvidos quanto nos em desenvolvimento. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), nas décadas de 60 e 70 registrou-se um aumento de 10 vezes nas taxas de incidência ajustadas por idade nos Registros de Câncer de Base Populacional de diversos continentes.